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segunda-feira, 8 de julho de 2013

Crianças devem ser firmadas na Rocha

Em Mateus 10:14 podemos perceber que Jesus se ira com os discípulos por estes repreenderem as pessoas que traziam crianças para Jesus abençoar. Ele se ira porque as crianças têm um lugar especial no coração de Jesus. Nesta passagem conseguimos perceber a diferença entre a forma que as crianças são vistas por Jesus e a forma como são vistas pelos discípulos. No fundo, os discípulos acharam que elas atrapalhavam o seu momento com Jesus; para eles o seu ensinamento era mais importante do que as crianças, no entanto Jesus diz precisamente o contrário.
Nós (igreja, crente, sociedade) temos vários tipos de visão sobre as crianças:

  • As crianças incomodam.  Nesta visão pensamos no culto infantil paralelo ao culto de adultos num sentido de impedir que as crianças atrapalhem os adultos de aprender mais acerca da Palavra. Devido a isso, o culto infantil acaba por ser vazio de conteúdo bíblico acabando por ter um ensino pobre ou, pior ainda, não ter qualquer tipo de ensino. Às vezes, as crianças são colocadas numa sala onde alguém coloca um vídeo. Quando essa visão chega a uma igreja, os recursos para o ministério infantil são reduzidos ao máximo. Quando essa visão passa da igreja para casa, os pais colocam os filhos à frente da TV para assim eles não os incomodarem.
  • As crianças como instrumentos. Nesta visão as crianças são vistas apenas como uma forma de chegarem aos pais. Quando uma igreja tem essa visão as aulas bíblicas são usados de forma a cativar, não o filho mas sim os pais, fazendo com que a criança sinta que ela não é importante. Quando essa visão passa da igreja para os lares, os pais começam a projetar os seus sonhos nos próprios filhos usando-os para apaziguar as suas frustrações.
  • As crianças como o futuro. Esta é uma visão verdadeira pois, realmente, as crianças são o futuro. Em Deuteronómio 4:40, mostra que a criança é o futuro e que quando passamos os mandamentos do Senhor para as crianças que, futuramente, vão passar para as suas crianças, o cristianismo e o evangelho vão-se perpetuar pelas gerações. Realmente elas são o futuro, o instrumento de levar o evangelho mas, elas não são apenas isso, elas não devem ser vistas como apenas isso.
  • As crianças como pessoas. Esta é a visão de Jesus,a visão bíblica de como devemos olhar as crianças. Quando nós fechamos os olhos e pensamos na palavra "pessoa" e tentamos materializar essa palavra dificilmente imaginamos crianças, geralmente materializamos, na nossa mente, adultos. No entanto, as crianças são pessoas. Jesus disse "Deixai vir a mim os pequeninos" não porque eles são o futuro, não porque eles incomodam, nem tão pouco porque são instrumentos mas porque "dos tais é o Reino de Deus". Ele estava a mostrar que as crianças precisavam Dele agora, que as crianças são pessoas agora.   
Antigamente, as crianças eram vistas como pequenos adultos e não na essência do que elas são, como infância, como criança, e Jesus reconheceu isso. Jesus como Deus, como criador de todas as coisas, como entendedor da infância melhor do que qualquer especialista, Ele entendeu e quis mostrar para os outros a importância da criança como ela é, o dever de conhecer e cuidar da criança. Jesus mostra que elas têm valor no presente, que elas são mais importantes do que pensamos.
Quando vemos a criança dessa forma, o ministério infantil anda a par com qualquer outro ministério da igreja porque as crianças são tão importantes como o adulto dentro da igreja.
Essa é a visão de Jesus para o ministério infantil.
As crianças precisam de conteúdos bíblicos para o culto infantil e não de filmes e brincadeiras desajustadas.

Larry Fowler, autor do livro "Crianças Firmadas na Rocha", iniciou o seu ministério infantil com 13 anos e as pessoas menosprezavam perguntando-lhe quando ele iria ter um ministério de verdade. Ele afirma que, para ele, o único que importa é saber que, para Jesus, o ministério infantil é tão importante como qualquer outro.

Para os professores também deveria ser suficiente saber que para Jesus as crianças são tão importantes como os adultos.
É necessário que as igrejas recoloquem o ministério infantil ao nível que ele deve estar e que lhe dê a importância que ele deve ter.

Texto de: Andreia Monteiro
Baseado no livro "Crianças Firmadas na Rocha" de Larry Fowler
Imagem: Internet

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